Todo mundo sabe que futebol é paixão e que os ídolos de cada time são como troféus intocáveis na memória dos torcedores. Poucos são aqueles jogadores que caem nas graças do torcedor de outra equipe. Com “São Marcos” é assim.
O ex-goleiro do Palmeiras agrada a gregos, troianos, palmeirense, corintianos, são paulinos e santistas com a mesma paixão e respeito. Afinal, mais do que fechar o gol alviverde por muitos anos, Marcos foi a muralha da Seleção Brasileira na conquista do pentacampeonato em 2002.
Com uma história brilhante dentro e fora dos gramados, Marcos ganha sua segunda biografia em menos de um ano, agora sob a pena do jornalista Mauro Beting.
Palmeirense fanático, Beting já publicou sete livros sobre futebol e jornalismo esportivo. A oitava obra de sua carreira une o amor ao Verdão e ao ídolo, tornado o trabalho muito mais que prazeroso.
O projeto para um ídolo tão representativo quanto Marcos é grandioso. São três livros. A autobiografia escrita por Mauro Beting intitulada "Nunca fui santo - o livro oficial do Marcos", uma coletânea de fotos e uma biografia de autoria de Paulo Vinícius Coelho (PVC).
À IMPRENSA, Beting falou sobre a nova obra, o personagem Marcos e, claro, sobre seus novos projetos.
IMPRENSA - No comunicado, a editora diz que a obra é uma declaração de amor do Marcos ao Palmeiras. Esse era um dos objetivos do livro?
Mauro Beting - Tem um capítulo que ele fala do Palmeiras, dizendo que o clube foi a coisa mais importante da vida dele, pois se não fosse o time, não teria vindo para São Paulo e tido seus filhos. Como ele foi um dos caras que mais defenderam e melhor defenderam o Palmeiras é um cara venerado pela torcida desde seu primeiro ano de atuação. O mais impressionante do Marcos é que pela pré-venda do livro e pelo que ele representa, não serão apenas os palmeirense que vão comprar.
O Marcos tem uma relação forte com todas as torcidas. Apesar do time, todos gostam dele, né?
Há várias passagens na autobiografia que eu falo disso. Tem um momento em que ele tem uma lesão num jogo contra o Corinthians e, no dia seguinte, numa comunidade no hoje falecido "Orkut", em 2006, havia mais de 800 mensagens de apoio ao Marcos na comunidade do Corinthians.
Como o Marcos eu não vi igual. Foi um dos melhores caras a defender o meu time. Na verdade, pode não ser um dos maiores goleiros do Palmeiras, mas como pessoa tem com identificação grande com a torcida por ser um cara simples. Ele é o máximo para muita gente, mas ele se comporta como o mínimo.
Como surgiu a ideia do livro?
Tive a ideia do livro em 2007 depois de um treino na Academia. Eu saí rindo após termos ficado mais de uma hora conversando. Ele me contou um monte de histórias de vida, desde quando era moleque, até de treinos, partidas e Copa do Mundo. Saí anotando tudo para contar para os amigos e pensei: ‘isso tem que ser contado para todo mundo’. Logo depois perguntei ao Marcos sobre a ideia de fazer um livro e ele topou, desde que fosse no final da carreira. O livro acabou ficando mais para frente e até foi bom, porque fui coletando histórias não só com ele, mas com amigos e profissionais que estavam ao lado dele.
No livro você conta a história do dia em que um motoboy o levou para o treino?
Não... É tanta história legal que tivemos que cortar algumas. Eu não queria fazer um livro muito longo. O grande desafio foi colocar no papel o que nas gravações aparecem com o humor e o jeito dele e eu digo isso no texto de apresentação. É impossível ser tão engraçado como Marcos é pessoalmente. O Marcos é daqueles que anima velório.
Não é um livro só de causos que vai fazer a pessoa rir. A obra conta passagens desde a infância difícil em Oriente, passando por várias situações de dentro e fora dos campos. Tem algumas histórias não conhecidas eoutras já bastante conhecidas, mas o meu desafio maior era não fazer um texto muito longo e escrever por ele, o que é mais complicado.
Somente duas histórias foram cortadas ou bem editadas. Uma foi uma briga, que eu fiquei feliz por tirar porque não sou muito de briga também e a outra sobre maiores detalhes do relacionamento dele com a esposa. O resto, como as críticas, as pisadas de bola, as bobagens e algumas coisas mais polêmicas ele liberou.
Muitas pessoas questionaram esse novo livro após ter saído uma biografia sobre ele ano passado. Qual a diferença entre uma obra extra-oficial de uma autorizada?
Filosoficamente, como leitor, cidadão e consumidor, acho que quanto mais livros tiver, melhor. E aí você vai extrair o que é verdadeiro, falso. Inclusive, conheço o editor da Realejo o autor que é muito bom, que fez uma bárbara biografia do Adoniran [Barbosa] e um excelente trabalho com a do Marcos. Agora, se é ou não oficial é outra coisa. Claro que há limitações, pois ele tentou falar com o Marcos, mas não conseguiu, sendo assim, é um livro que não tem o Marcos. Mas é um livro muito bem feito, editado, com útimas fotos e com mais de 90% de informações reais. No final, um acaba um complementando o outro. E ainda vai ter a do PVC que vai completar ainda mais. E outra, uma figura como o Marcos, não dá para existir exclusividade. Este é um livro oficial, mas ao mesmo tempo não é chapa branca ou chapa verde e branca. Como ele e um cara fantástico, que abre o jogo sobre os acertos e os erros, fica um livro gostoso. É um livro muito transparente.
Quais seus próximos projetos?
O próximo é o livro do Nasi, do ex-Ira, que vai se chamar “A ira de Nasi”, e deve ser lançaado em 10 de setembro em São Paulo e foi escrito junto o jornalista Alexandre Petillo. Fora esse, tem mais um sobre a historia do Palmeiras e um livro que vou começar a desenvolver sobre biografia do Cafu. Tem também mais dois livros envolvendo rock and roll e futebol que são autogiobrafias. E, claro, tem os projetos para o centenário do Palmeiras. Ah, e tem também o lançamento, em setembro, do Pro Evolution Soccer 2013, um jogo de videogame onde eu faço comentários com narração do Silvio Luis.
Você também está fazendo alguns documentários?
Sim, sou co-roteirista e co-diretor de três filmes. Um chama “12 de junho de 1993 – o dia da paixão palmeirense”, que conta sobre quando o Palmeiras voltou a ser campeão após 16 anos, depois tem “A conquista da América”, que fala sobre a Libertadores conquista pelo time em 1999 e o último que chama “O campeão do século” , que vai contar as histórias do centenário do Palmeiras. Todos serão feitos com a Canal Azul, que fez os filmes do Corinthians e do Santos.
O lançamento acontecerá nesta terça-feira (7/8), às 19 horas, na Saraiva Mega Store, do Shopping Eldorado, em São Paulo. Marcos e Mauro Beting estarão presentes para autografar o livro.
O lançamento acontecerá nesta terça-feira (7/8), às 19 horas, na Saraiva Mega Store, do Shopping Eldorado, em São Paulo. Marcos e Mauro Beting estarão presentes para autografar o livro.
Fonte da Notícia: Vanessa Gonçalves - http://portalimprensa.uol.com.br
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